sábado, 19 de julho de 2008

CARTA ABERTA AO PT E A COLIGAÇÃO “UNIDOS POR RESENDE”

Participei de todo o processo da construção da candidatura Petista, assim como o processo que acabou criando uma frente de oposição ao atual governo municipal. No dia 15 de julho, terça-feira, participei da reunião do Diretório Municipal do PT que tomaria uma decisão importante para o futuro do PT de Resende e principalmente para o futuro da cidade.

Acompanhei também movimentações internas e externas ao Partido dos Trabalhadores, que nos levaram a compor uma chapa majoritária com o médico José Rechuan Júnior. Os motivos que nos levaram a participar desta frente ampla, pelo menos para mim ainda são os mesmos: de não permitir que a nossa cidade continue entregue nas mãos de pessoas que estão dilapidando o patrimônio público e tratando com deboche a nossa população.

No dia 15, às 3 horas da tarde, participei juntamente com o presidente do PT e outros membros do Diretório, de uma reunião com o Candidato a Prefeito José Rechuan Júnior. Na reunião o Rechuan deixou claro que aceitava as ponderações quanto a indicação do candidato a vice, e que, precisaria de tempo para construir junto aos outros partidos, um dos três nomes apresentados pelo Partido dos Trabalhadores como condicionante para continuar a fazer parte da coligação “Unidos por Resende”.

No mesmo dia 15, às 20 horas (menos de 5 horas depois da conversa oficial com o Rechuan) realizamos a nossa reunião de Diretório. Não tenho a menor dúvida que cometi um erro grave de discurso e de encaminhamento em nossa reunião. Discursei achando que por não terem apresentado uma solução até aquele momento estavam descumprindo um acordo com o PT. E isso acabou sendo determinante para a decisão de candidatura própria. Sendo que, sem prejuízo de deliberação por uma candidatura petista, poderíamos ter encaminhado mais tempo para que fosse definido o vice, como condicionante de termos ou não candidatura própria. A coligação “Unidos por Resende”, poderia até o dia seguinte não conseguir definir ou concordar com os nomes propostos pelo PT, mas por bom senso de oficio partidário, deveríamos ter deliberado por mais prazo.

Outro fator que prejudicou o debate foi à questão da chapa proporcional (vereadores), que estando somente com candidatos do PT poderia ser salva por uma candidatura própria. Acredito que o discurso de tentar salvar a eleição proporcional tenha contribuído para que outros integrantes do Diretório tomassem uma decisão de candidatura própria, que não resolve o problema dos nossos candidatos a vereador, não nos coloca em situação de disputa com chances efetivas de ganharmos a eleição para prefeito, e ainda nos distância da coerência quanto aos objetivos que nos levaram em um determinado momento, a continuar na frente de oposição, mesmo depois que o Stagi não mais poderia ser o candidato a vice, quando sofremos a intervenção do Diretório Nacional do Partido.

Um dos motivos que me levaram a defender a candidatura própria no PT, foi o fato de, antes da reunião do diretório, conversei com o Stagi (por telefone), que me garantiu que somente seria candidato a prefeito se o vice na coligação “Unidos por Resende” não fosse um dos nomes apresentados pelo PT. Repeti esta afirmação para os membros do Diretório. Antes e Depois desta Reunião, Tentei falar com o Stagi sobre os esforços que estavam sendo feitos para que o vice fosse um dos três nomes indicados pelo PT. Achei que, mesmo depois da reunião de Diretório que definiu pela candidatura própria, bastava o Stagi assumir que com a aceitação de um dos nomes indicados pelo PT para compor a chapa como vice do Rechuan, o seu nome (Stagi) como candidato próprio do PT, havia perdido o sentido. Seria uma forma do Stagi ajudar a corrigir um erro (do qual eu participei) de encaminhamento do Diretório. Somente consegui falar com ele às 23 horas do dia seguinte. Fiz algumas ponderações, porém ele me disse que seria candidato a Prefeito.

Peço desculpas aos amigos que tenho no PDT e em outros partidos que compõe a Coligação “Unidos Por Resende”. Peço desculpas ao PC do B e ao PSC que foram prejudicados na eleição para vereador sem sequer estarem a par das conseqüências que poderiam e aconteceram a partir da anulação da nossa convenção. Peço desculpas ao Marcial, com quem assumi um compromisso de fazer todos os esforços para manter o PT junto com a coligação “unidos por Resende”. Peço desculpas ao candidato a prefeito Rechuan, pois na hora mais crucial para todos nós não consegui manter a coerência necessária que contribuiria para que hoje o PT estivesse fazendo parte desta coligação. Com certeza não fui o único que errou naquela reunião. Apenas admito meu erro pois não vou continuar a justificar outros erros por conta de uma decisão que interpreto como equivocada.

Peço desculpas aos companheiros do PT, pois tenho consciência que deixei boa parte deles em situação delicada. Assumo os meus erros e as minhas responsabilidades, como forma de explicar as circunstâncias que me levaram a defender naquele momento a tese equivocada de candidatura própria. E os motivos que me levam a não apoiar a candidatura a prefeito do companheiro João Alberto Stagi.

Marco Antonio Correa da Silva
Membro do Diretório Municipal do PT

Um comentário:

Unknown disse...

Ei, PT... vai tomar no cú...